FRASES CÉLEBRES DE DALAI LAMA


Frases Célebres de Dalai Lama

A essência de toda a vida espiritual é a emoção que existe dentro de você, é a sua atitude para com os outros.


A forma como geralmente a comunidade internacional responde aos desastres naturais, com solidariedade imediata, é uma maravilhosa característica do mundo de hoje. 


A liberdade, no sentido de dispor de condições internas e externas para procurar a felicidade, e poder guardar e externar opiniões pessoais, é importante para o nosso sentimento de paz interior. Nas sociedades em que isso é proibido há espiões e censores que investigam as vidas de todas as comunidades, e mesmo de cada uma das famílias. Como conseqüência as pessoas começam a não mais confiar umas nas outras.


A opressão nunca conseguiu suprimir nas pessoas o desejo de viver em liberdade.


A principal característica da felicidade genuína é a paz, a paz interior, a qual não é uma ausência de sentimento, mas é alicerçada na consideração pelos outros e inclui um alto nível de sensibilidade e sentimento.


A realidade é complexa e o modo como costumeiramente a percebemos muitas vezes está errado. Se as coisas e acontecimentos sempre evoluíssem conforme as nossas expectativas, não teríamos o conceito de ilusão ou de equívoco.


Amigos são aqueles que estão presentes para nos ajudar quando estamos em uma fase difícil da vida, e não os que se relacionam conosco por atributos superficiais.


Atualmente, em lugar de dependermos uns dos outros para ajuda e apoio, costumamos recorrer a máquinas e serviços.


Cheguei à conclusão de que mais importante que uma pessoa ter ou não uma crença religiosa é que ela seja uma boa pessoa.


Comparando os ricos com os pobres, notamos que muitas vezes aqueles que quase nada possuem são menos ansiosos, apesar dos sofrimentos físicos que os afligem. Quanto aos ricos, são poucos os que sabem como utilizar sua riqueza de maneira inteligente -isto é, compartilhando-a com os necessitados, e não em uma vida de luxos -, mas muitos deles não sabem. Estão tão envolvidos com a idéia de conseguir ainda mais riquezas, que não deixam espaço para mais nada em suas vidas. Obcecados, deixam até de sonhar com a felicidade que supostamente as riquezas deveriam lhes trazer. Como resultado, estão sempre angustiados, divididos entre a incerteza sobre o que pode ocorrer e a esperança de ganhar mais, atormentados mental e emocionalmente, embora as aparências façam supor que eles têm uma vida de sucesso e bem-estar absolutos. 


Conforme disse um antigo escritor indiano: "Satisfazer nossos sentidos e beber água salgada são coisas semelhantes: quanto mais as fazemos, mais crescem nossos desejos e nossa sede."


Creio que é possível instituir princípios éticos de controle quando se baseia na percepção de que todos nós desejamos a felicidade e não os sofrimentos. Não possuímos meios de distinguir entre certo e errado se ignoramos os sentimentos e sentimentos dos outros.


Creio que existe uma importante distinção a ser considerada entre religião e espiritualidade. Parece-me que a religião está relacionada com a crença no direito à salvação proclamada por qualquer tradição de fé, e um dos principais aspectos dessa crença é acreditar em alguma forma de realidade, metafísica ou sobrenatural, geralmente inserindo a idéia de paraíso ou nirvana. Juntamente a isso estão ensinamentos ou dogmas religiosos, rituais, orações, etc. Entendo que a espiritualidade está relacionada com aquelas qualidades do espírito humano tais como amor e compaixão, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, contentamento, noção de responsabilidade, noção de harmonia -que trazem felicidade para a própria pessoa e também para os outros.


Existem certos tipos de ações que produzem sofrimento e outros tipos que conduzem à felicidade. É do interesse comum fazer o que conduz à felicidade e evitar aquilo que traz o sofrimento.


Devemos aprender a perceber os limites da própria investigação científica. Por exemplo, mesmo sabendo há milênios que há uma consciência humana, mesmo que esta tenha sido constantemente investigada através da História, e apesar de todo o empenho dos cientistas, estes ainda não compreendem o que ela é realmente, ou por que existe, como funciona ou qual vem a ser a sua natureza. A ciência não sabe explicar qual é a causa material da consciência nem quais são seus efeitos. É claro que a consciência pertence àquela categoria de fenômenos sem forma, substância ou cor. Não pode ser investigada por meios externos. Mas isso não significa que tais fenômenos não existam, porém somente que a ciência não os pode explicar.


Embora a maioria dos seis bilhões de seres humanos da Terra diga professar uma ou outra tradição de fé, a influência da religião nas vidas dessas pessoas é geralmente secundária, sobretudo nos países desenvolvidos.


Embora nossas ações pareçam meigas não significa que sejam positivas ou éticas se nossos propósitos forem egoístas. No caso do propósito de iludir, então simular meiguice é uma das atitudes mais lamentáveis. É uma atitude que mesmo sem uso de força é inegavelmente violenta.


Eu fui hospedado por uma família muito rica, em uma mansão bem-decorada. Todos eram encantadores e bastante atenciosos. Existiam empregados para responder qualquer mínima necessidade, e comecei a pensar que ali poderia estar a prova de que a riqueza pode ser uma fonte de felicidade. Meus anfitriões transpareciam um ar de segurança descontraída, inegavelmente. Porém, quando percebi, pela porta entreaberta de um armário do banheiro, um estoque de tranqüilizantes e pílulas para dormir, fui forçado a me lembrar de que muitas vezes há uma grande diferença entre os sinais externos e a realidade interna.


Existem fortes razões para supor que há uma ligação entre a enorme ênfase que é dada ao progresso exterior e a infelicidade, a ansiedade e o descontentamento da sociedade moderna.


Em minha opinião, uma das coisas que determinam se uma ação é ética ou anti-ética é seu resultado sobre a experiência ou expectativa de felicidade dos outros. Cada ação prejudicial ou agressiva a essa experiência ou expectativa de felicidade é potencialmente uma ação anti-ética.


Geralmente, as pessoas cuja conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que se descuidam da ética.


Graças à capacidade humana de experimentar níveis profundos de felicidade pode-se sentir um maior nível de felicidade com a música, as artes plásticas ou a dança, por exemplo, que em relação à simples aquisição de bens materiais, mas ainda assim essa não é geralmente a felicidade completa por depender dos sentidos.


Minha convocação a uma revolução espiritual é para que haja uma reorientação radical, para em vez da costumeira preocupação de cada um apenas consigo mesmo, possa existir uma ampla comunidade de seres, todos interligados, reconhecendo cada um os interesses dos outros simultaneamente aos seus.


Muitas pessoas que me procuram vêm com expectativas pouco realistas e imaginam que tenho poderes de cura ou que lhes posso proporcionar algum tipo de bênção. Mas sou somente um ser humano comum e o melhor que posso fazer para as ajudar é compartilhar seu sofrimento.


Na mesma proporção em que transformamos nossos corações e mentes, com o cultivo de qualidades espirituais, tornamo-nos mais aptos lidar com as adversidades e aumentamos as probabilidades de nossas ações serem eticamente saudáveis.


Não importa qual seja a nossa nacionalidade ou filosofia de vida, cada um de nós se entristece, em maior ou menor grau, quando sabe que os outros estão sofrendo.


Necessitamos de meios para julgar e optar pelo melhor recurso na promoção de reformas políticas. A prática da violência contra os outros é errada. Em vez do terrorismo poderiam ser empregados os princípios de resistência pacífica de Mahatma Gandhi.


Nossa ênfase exagerada em ganho material espelha a suposição de que aquilo que se pode comprar poderia, por si só, propiciar-nos toda a satisfação que esperamos, mas tal satisfação limita-se aos sentidos. Não somos iguais aos animais, somos mais complexos, possuímos pensamentos e emoções, e também a capacidade de imaginar e de criticar. Nossas necessidades transcendem os sentidos. A ansiedade, o estresse, a confusão, a insegurança e a depressão que predominam entre aqueles cujas necessidades básicas foram atendidas são um inequívoco indício desse fato.


Nosso sentimento essencial de bem-estar não será abalado se pudermos desenvolver a verdadeira paz interior, não importa que dificuldades enfrentemos na vida.


O alto nível de cooperação que vemos em comunidades atrasadas pode estar fundamentado mais em necessidade do que em boa vontade. Geralmente, a cooperação aí é vista como uma melhor alternativa às privações.


O apego é cheio de parcialidade. O amor e a compaixão são imparciais.


O conhecimento por si só não propicia a felicidade originária do desenvolvimento interior, que não depende de fatores externos. Embora o conhecimento muito detalhado e específico dos fenômenos externos seja uma considerável realização, a insistência em torná-lo a meta preponderante de nossos esforços, longe de nos trazer felicidade, pode na verdade ser perigosa. Pode tirar-nos o contato com a realidade mais vasta da experiência humana e, de maneira especial, a nossa dependência dos outros.


O desafio a enfrentarmos é, portanto, achar meios de desfrutar do mesmo grau de harmonia e tranqüilidade das comunidades mais tradicionais e, simultaneamente, aproveitarmos plenamente os progressos materiais do mundo desta alvorada do novo milênio.


O esquecimento da dimensão interior do homem fez com que todos os grandes movimentos dos últimos cem anos ou mais - democracia, liberalismo, socialismo – deixassem de gerar os benefícios que deveriam ter oferecido ao mundo, apesar de tantas idéias maravilhosas. Uma revolução se faz necessária, com plena certeza. Porém não uma revolução política, ou econômica, ou mesmo tecnológica. Já tivemos experiências suficientes com todas elas por todoo último século para saber que uma abordagem unicamente externa não é suficiente. O que proponho é uma revolução espiritual.


O estado geral do coração e da mente -ou motivação - de uma pessoa no instante de uma ação é, costumeiramente, a chave para avaliar a qualidade ética dessa ação. Pensamentos negativos, como o ódio e a raiva, perturbam nossa mente e nosso coração, e sob essas fortes emoções perdemos a percepção e perspectiva de que os outros têm direito à felicidade, e podemos causar prejuízoa a eles.


O que me preocupa é a tendência para não considerar as limitações da ciência. Ao substituir a religião na opinião popular como fonte definitiva de conhecimento, a própria ciência começa a se tornar semelhante a uma outra forma de religião.


O reconhecimento crescente de que não podemos persistir para sempre maltratando o nosso ambiente natural sem acarretar graves conseqüências é um motivo de esperança.


Os padrões de alfabetização e educação em todo o mundo estão costumeiramente mais altos do que jamais foram no passado.


Para conseguirmos a satisfação do amor necessitamos de amigos que retribuam nossa afeição.


Parece-me que criamos uma sociedade em que as pessoas acham cada vez mais difícil demonstrar um mínimo de afeto aos outros. No lugar da noção de comunidade e da sensação de integrar um grupo, uma característica que achamos tão reconfortante nas sociedades menos afluentes (geralmente nas sociedades rurais), achamos um alto grau de solidão e perda de laços afetivos.


Penso que é a esperança o que nos sustenta na nossa intensa busca da felicidade.


Porque a paz interior é a principal característica da felicidade, compreende-se o paradoxo de haver gente que está sempre insatisfeita, mesmo com todas as vantagens materiais, enquanto outros estão sempre felizes, apesar das circunstâncias mais difíceis.


Quando a força que motiva as nossas ações é saudável, há uma tendência automática de que as nossas ações sejam éticas, isto é, colaborem com o bem-estar dos outros.


Quando morremos, nada pode ser levado conosco, com as exceções das sementes lançadas por nosso trabalho e o nosso conhecimento adquirido. 


Quando nos deparamos com alguém e o enganamos, podemos ganhar dinheiro, ou outra coisa, naquela situação, porém é quase certo que aniquilaremos a oportunidade de uma interação benéfica e duradoura com aquela pessoa.


Quando verificamos que tudo aquilo que percebemos e experimentamos resulta de uma série indefinida de causas e condições correlacionadas, a nossa perspectiva muda completamente. Passamos a ver o universo em que habitamos como um organismo vivo, no qual cada célula trabalha em cooperação harmônica com cada uma das outras células, para manter o todo. Se somente uma delas é danificada, como na investida de uma doença, a harmonia é quebrada e o todo fica em situação de risco. Essa lógica sugere que nosso bem-estar pessoal está intimamente ligado ao bem-estar dos outros e também ao ambiente em que vivemos. Nossas ações, feitos, palavras e idéias, ainda que pareçam insignificantes, afetam a nós mesmos e igualmente as outras pessoas.


Quanto mais perdermos a calma, maior a possibilidade de reagirmos negativamente, com palavras ríspidas, ou ações que depois nos causarão um doloroso arrependimento, ainda que tenhamos profundos sentimentos de afeto por aquela pessoa.


Quem é compassivo, amoroso, paciente, tolerante, clemente, e assim por diante, de alguma forma reconhece o impacto potencial de suas ações sobre os outros, e ajusta sua conduta mediante a preocupação constante com o bem-estar dos outros e, assim agindo consegue a sua própria transformação, como conseqüência. Isso é uma prática espiritual.


Se a criança não receber a devida atenção, em geral, quando adulta, tem dificuldade de amar seus semelhantes.


Se agimos para satisfazer nossos desejos imediatos sem considerar os interesses alheios, sabotamos a possibilidade de uma felicidade duradoura.


Se formos, por exemplo, a um físico nuclear e lhe revelarmos que estamos frente a um dilema moral, e lhe inquirirmos sobre como devemos proceder, ele provavelmente irá balançar a cabeça e sugerir que busquemos a resposta em outro local. De maneira geral, um cientista não está em melhor posição do que um advogado em questões dessa espécie. Pois, apesar de tanto a ciência quanto as leis poderem ajudar na previsão dos prováveis resultados de nossos atos, nenhuma delas está apta a nos dizer como agir numa questão de natureza moral.


Se observarmos as religiões mais importantes do mundo sob uma perspectiva mais ampla, perceberemos que todas elas - budismo, cristianismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo, siquismo, zoroastrismo e outras - propõem-se a ajudar o homem a atingir uma felicidade duradoura. E todas elas, na minha opinião, possibilitam que se atinja tal meta.


Se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, aprenderemos a lidar mais facilmente com o sofrimento, e também seremos capazes, acima de tudo, de impedir o aparecimento de uma porção significativa desse sofrimento.


Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. 


Sem dúvida, uma das principais causas da verdadeira devoção que a sociedade moderna presta ao progresso material é o próprio sucesso da ciência e da tecnologia. E, mais que isso, a maravilha desses tipos de atividade humana é o fato de proporcionarem satisfação imediata.


Simultaneamente ao progresso, apareceu a noção de que meu futuro não depende de meu vizinho mas sim de meu emprego ou, no máximo, de meu patrão. E isto, por seu lado, faz-nos supor que, pela razão de os outros não serem relevantes para a minha felicidade, a felicidade deles passa a não ser relevante para mim.


Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver!


Somente podemos manifestar amor e compaixão pelos outros se simultaneamente freamos nossos impulsos e desejos prejudiciais.


Tenho certeza de que se eu sorrisse menos teria menos amigos.


Boa parcela daquilo que chamei de sofrimento interior pode ser atribuída à nossa forma impulsiva de buscar a felicidade.


Uma grande parcela do sofrimento que nos aflige é na verdade causada por nós mesmos. Em princípio, portanto, temos condição de evitar essa parcela.


Uma poderosa ferramenta para nos ajudar a gerir com habilidade a nossa vida é perguntar antes de cada ato se isso nos trará felicidade. Isso vale desde a hora de decidir se vamos ou não usar drogas até se vamos ou não comer aquele terceiro pedaço de torta de banana com creme.

O conhecimento por si só não propicia a felicidade originária do desenvolvimento interior, que não depende de fatores externos. Embora o conhecimento muito detalhado e específico dos fenômenos externos seja uma considerável realização, a insistência em torná-lo a meta preponderante de nossos esforços, longe de nos trazer felicidade, pode na verdade ser perigosa. Pode tirar-nos o contato com a realidade mais vasta da experiência humana e, de maneira especial, a nossa dependência dos outros.


O desafio a enfrentarmos é, portanto, achar meios de desfrutar do mesmo grau de harmonia e tranqüilidade das comunidades mais tradicionais e, simultaneamente, aproveitarmos plenamente os progressos materiais do mundo desta alvorada do novo milênio.


O esquecimento da dimensão interior do homem fez com que todos os grandes movimentos dos últimos cem anos ou mais - democracia, liberalismo, socialismo – deixassem de gerar os benefícios que deveriam ter oferecido ao mundo, apesar de tantas idéias maravilhosas. Uma revolução se faz necessária, com plena certeza. Porém não uma revolução política, ou econômica, ou mesmo tecnológica. Já tivemos experiências suficientes com todas elas por todoo último século para saber que uma abordagem unicamente externa não é suficiente. O que proponho é uma revolução espiritual.


O estado geral do coração e da mente -ou motivação - de uma pessoa no instante de uma ação é, costumeiramente, a chave para avaliar a qualidade ética dessa ação. Pensamentos negativos, como o ódio e a raiva, perturbam nossa mente e nosso coração, e sob essas fortes emoções perdemos a percepção e perspectiva de que os outros têm direito à felicidade, e podemos causar prejuízoa a eles.


O que me preocupa é a tendência para não considerar as limitações da ciência. Ao substituir a religião na opinião popular como fonte definitiva de conhecimento, a própria ciência começa a se tornar semelhante a uma outra forma de religião.


O reconhecimento crescente de que não podemos persistir para sempre maltratando o nosso ambiente natural sem acarretar graves conseqüências é um motivo de esperança.


Os padrões de alfabetização e educação em todo o mundo estão costumeiramente mais altos do que jamais foram no passado.


Para conseguirmos a satisfação do amor necessitamos de amigos que retribuam nossa afeição.


Parece-me que criamos uma sociedade em que as pessoas acham cada vez mais difícil demonstrar um mínimo de afeto aos outros. No lugar da noção de comunidade e da sensação de integrar um grupo, uma característica que achamos tão reconfortante nas sociedades menos afluentes (geralmente nas sociedades rurais), achamos um alto grau de solidão e perda de laços afetivos.


Penso que é a esperança o que nos sustenta na nossa intensa busca da felicidade.


Porque a paz interior é a principal característica da felicidade, compreende-se o paradoxo de haver gente que está sempre insatisfeita, mesmo com todas as vantagens materiais, enquanto outros estão sempre felizes, apesar das circunstâncias mais difíceis.


Quando a força que motiva as nossas ações é saudável, há uma tendência automática de que as nossas ações sejam éticas, isto é, colaborem com o bem-estar dos outros.


Quando morremos, nada pode ser levado conosco, com as exceções das sementes lançadas por nosso trabalho e o nosso conhecimento adquirido. 


Quando nos deparamos com alguém e o enganamos, podemos ganhar dinheiro, ou outra coisa, naquela situação, porém é quase certo que aniquilaremos a oportunidade de uma interação benéfica e duradoura com aquela pessoa.


Quando verificamos que tudo aquilo que percebemos e experimentamos resulta de uma série indefinida de causas e condições correlacionadas, a nossa perspectiva muda completamente. Passamos a ver o universo em que habitamos como um organismo vivo, no qual cada célula trabalha em cooperação harmônica com cada uma das outras células, para manter o todo. Se somente uma delas é danificada, como na investida de uma doença, a harmonia é quebrada e o todo fica em situação de risco. Essa lógica sugere que nosso bem-estar pessoal está intimamente ligado ao bem-estar dos outros e também ao ambiente em que vivemos. Nossas ações, feitos, palavras e idéias, ainda que pareçam insignificantes, afetam a nós mesmos e igualmente as outras pessoas.


Quanto mais perdermos a calma, maior a possibilidade de reagirmos negativamente, com palavras ríspidas, ou ações que depois nos causarão um doloroso arrependimento, ainda que tenhamos profundos sentimentos de afeto por aquela pessoa.


Quem é compassivo, amoroso, paciente, tolerante, clemente, e assim por diante, de alguma forma reconhece o impacto potencial de suas ações sobre os outros, e ajusta sua conduta mediante a preocupação constante com o bem-estar dos outros e, assim agindo consegue a sua própria transformação, como conseqüência. Isso é uma prática espiritual.


Se a criança não receber a devida atenção, em geral, quando adulta, tem dificuldade de amar seus semelhantes.


Se agimos para satisfazer nossos desejos imediatos sem considerar os interesses alheios, sabotamos a possibilidade de uma felicidade duradoura.


Se formos, por exemplo, a um físico nuclear e lhe revelarmos que estamos frente a um dilema moral, e lhe inquirirmos sobre como devemos proceder, ele provavelmente irá balançar a cabeça e sugerir que busquemos a resposta em outro local. De maneira geral, um cientista não está em melhor posição do que um advogado em questões dessa espécie. Pois, apesar de tanto a ciência quanto as leis poderem ajudar na previsão dos prováveis resultados de nossos atos, nenhuma delas está apta a nos dizer como agir numa questão de natureza moral.


Se observarmos as religiões mais importantes do mundo sob uma perspectiva mais ampla, perceberemos que todas elas - budismo, cristianismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo, siquismo, zoroastrismo e outras - propõem-se a ajudar o homem a atingir uma felicidade duradoura. E todas elas, na minha opinião, possibilitam que se atinja tal meta.


Se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, aprenderemos a lidar mais facilmente com o sofrimento, e também seremos capazes, acima de tudo, de impedir o aparecimento de uma porção significativa desse sofrimento.


Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. 


Sem dúvida, uma das principais causas da verdadeira devoção que a sociedade moderna presta ao progresso material é o próprio sucesso da ciência e da tecnologia. E, mais que isso, a maravilha desses tipos de atividade humana é o fato de proporcionarem satisfação imediata.


Simultaneamente ao progresso, apareceu a noção de que meu futuro não depende de meu vizinho mas sim de meu emprego ou, no máximo, de meu patrão. E isto, por seu lado, faz-nos supor que, pela razão de os outros não serem relevantes para a minha felicidade, a felicidade deles passa a não ser relevante para mim.


Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver!


Somente podemos manifestar amor e compaixão pelos outros se simultaneamente freamos nossos impulsos e desejos prejudiciais.


Tenho certeza de que se eu sorrisse menos teria menos amigos.


Uma boa parcela daquilo que chamei de sofrimento interior pode ser atribuída à nossa forma impulsiva de buscar a felicidade.


Uma grande parcela do sofrimento que nos aflige é na verdade causada por nós mesmos. Em princípio, portanto, temos condição de evitar essa parcela.


Uma poderosa ferramenta para nos ajudar a gerir com habilidade a nossa vida é perguntar antes de cada ato se isso no trará felicidade. Isso vale desde a hora de decidir se vamos ou não usar drogas até se vamos ou não comer aquele terceiro pedaço de torta de banana com creme.


Fonte:http://www.eurooscar.com/Frases1/frases-do-dalai-lama2.htm

Comentários